sábado, maio 29

Brincando com a imaginação

Minha terra não tem só palmeiras,onde canta o sabiá... tem também contos e lendas... que formam o cancioneiro popular e mexem com a imaginação de milhares...
Separei algumas para mostrar... acho-as lindas, gosto de ouvi-las e imaginá-las... 

Lenda da Serpente de São Luís
Conta-se que ao redor da ilha de São Luís existe uma grande serpente sempre a crescer que estaria com a cabeça na Igreja da Sé e a parte da cauda nas galerias da fonte do Ribeirão até que um dia a cauda alcance a cabeça. Quando isto acontecer, o monstro reunirá todas as forças para num grande abraço, comprimir a porção de terra envolvida., fazendo com que São Luís desapareça no oceano.

Lenda da praia do Olho d' Água
Conta-se que inicialmente houve ali uma aldeia indígena cujo chefe era Itaporama. Sua filha apaixonou-se por um jovem da tribo, mas este, por ser muito bonito, provocou paixão de mãe d'água que, através de seus poderes, conquistou-o e levou-o para seu palácio encantado nas profundezas do mar.
Perdendo para sempre seu grande amor, a filha de Itaporama caiu em grande desolação, deixando de se alimentar e indo para a beira do mar chorando até morrer. De suas lágrimas surgiram duas nascentes que até hoje correm para o mar e que deram origem à denominação da praia.

Carruagem de Ana Jansen
Poderosa e discutida matrona maranhense de marcante presença na vida econômica, social e política de São Luís no século XIX, Ana Jansen ficou conhecida na cidade pela desumanidade e maus tratos que, segundo rumores, aplicava a seus escravos.
Conta a lenda que os notívagos da cidade, ao pressentirem a aproximação de uma horrenda carruagem penada, fugiam aterrorizados, à procura de um abrigo seguro. Se assim não fizessem, estariam sujeitos a receber a alma penada de Ana Jansen, uma vela acesa que amanheceria transformada em osso de defunto. 
Dizem ainda que o coche era puxado por cavalos decapitados, conduzidos por um escravo também decapitado e com o corpo sangrando. Por onde passava, horripilantes sons eram ouvidos, que pareciam resultantes da combinação de atrito de velhas e gastas ferragens com o coro de lamentações dos escravos.

A Lenda do rio Cajari
Certo dia, um índio estava à espreita de uma caça, quando surgiu em sua frente, uma gigantesca ave de nome Ararapapá. Sem perder tempo, o índio flechou a enorme ave e colocou-a no ombro, rumando para a sua aldeia. No caminho, o bico da ave, que era muito pesado, veio arrastando pela terra abrindo um sulco profundo por onde as águas do lago Viana escorreram, dando origem ao rio Cajari.

Lenda da Manguda
Dizem que nos fins do século passado, uma figura fantasmagórica, logo batizada por manguda, por trajar um chambre branco de mangas muito largas e compridas, trouxe pavor e sobressalto às crianças e a uma boa parte da população. Conta-se que seu rosto era dissimulado por máscara e que da cabeça saía uma nuvem de fumaça.

Lenda do Palácio das Lágrimas

Na Rua 13 de maio, em frente a Igreja São João e no canto com a rua da Paz havia um casarão de três pavimentos. Sobre o imóvel foram inventadas várias lendas, das quais se destaca a seguinte: Dois irmãos portugueses vieram ao Maranhão para buscar riqueza. Um deles conseguiu enquanto o outro jamais saiu da pobreza.
Cheio de inveja, o irmão pobre resolveu assassinar o outro a fim de herdar a grande fortuna, já que o irmão rico vivia amasiado com uma escrava e não tinha filhos legítimos, já que seus filhos eram fruto de uma união ilegal. Após o assassinato e de posse dos bens herdados, passou a tratar os escravos, inclusive a ex-mulher do irmão e seus filhos, com extrema crueldade.
Certo dia, quando um de seus sobrinhos descobriu que fora ele o assassino de seu próprio irmão, matou-o, após arremessá-lo de uma das janelas do sobrado.
Descoberto o crime, e por ser escravo, seu autor foi condenado a morte na forca levantada em frente ao sobrado. No momento do enforcamento, o condenado amaldiçoou o sobrado com essas palavras "Palácio que viste as lágrimas derramadas por minha mãe e meus irmãos. Daqui por diante serás conhecido como palácio das lágrimas". E assim o sobrado passou a ser chamado.

Milagre de Guaxenduba
Conta-se que no principal combate travado entre portugueses e franceses, no dia 19 de novembro de 1614, no forte de Santa Maria de Guaxenduba, quando os portugueses estavam por ser derrotados por sua inferioridade de homens, armas e munições, surgiu entre eles uma formosa mulher envolta em auréola resplandecente. Ao contato de suas mãos milagrosas, a areia era transformada em pólvora e os seixos em projéteis, fazendo com que os portugueses se revigorassem moralmente e derrotassem os franceses. Em memória deste feito, foi a virgem considerada a padroeira da cidade, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória.

Fonte: http://www.culturapopular.ma.gov.br 

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